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Pacheco diz que plano para envenenar Lula e Alckmin é 'extremamente preocupante'; veja repercussão política

PF prendeu policial e quatro 'kids pretos' do Exército nesta terça; grupo teria tramado golpe de Estado e assassinato de autoridades para impedir posse de Lul...

Pacheco diz que plano para envenenar Lula e Alckmin é 'extremamente preocupante'; veja repercussão política
Pacheco diz que plano para envenenar Lula e Alckmin é 'extremamente preocupante'; veja repercussão política (Foto: Reprodução)

PF prendeu policial e quatro 'kids pretos' do Exército nesta terça; grupo teria tramado golpe de Estado e assassinato de autoridades para impedir posse de Lula em janeiro de 2023. PF prende militares suspeitos de planejar matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022 A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19) uma operação contra um grupo suspeito de tramar um golpe de Estado para prender e executar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Para o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a existência do plano é "extremamente preocupante". A oposição, por sua vez, tentou dizer que os militares são perseguidos (veja mais abaixo). Ao todo, foram presos quatro militares do Exército ligados às forças especiais, os chamados "kids pretos", e um policial federal. Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos mandados no Rio de Janeiro, em Goiás, no Amazonas e no Distrito Federal. A operação, intitulada "Contragolpe", foi autorizada no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e a sequência de atos antidemocráticos promovidos ao longo do processo eleitoral de 2022, e que culminaram nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023. A PF chegou aos alvos desta terça ao analisar dados desses militares já investigados no inquérito. Parte dos indícios veio, por exemplo, de material que já tinha sido deletado de aparelhos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, e foi restaurado pelos investigadores. Cid deve depor novamente à Polícia Federal nesta terça. Repercussão Veja abaixo a repercussão política sobre a operação da Polícia Federal autorizada pelo STF: Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Congresso: “Extremamente preocupantes as suspeitas que pesam sobre militares e um policial federal, alvos de operação da Polícia Federal, na manhã desta terça-feira. O grupo, segundo as investigações, tramava contra a democracia, em uma clara ação com viés ideológico. E o mais grave, conforme a polícia, esses militares e o policial federal tinham um plano para assassinar o presidente da República e o seu vice, além de um ministro do Supremo. Não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático, e menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja. Que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei”. Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais: "Os crimes do 8 de janeiro, o grave atentado semana passada e, agora, a revelação do plano vil de golpe e assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, todos fazem parte do estímulo de uma corrente da extrema direita à violência e aos ataques à democracia. Não vamos titubear em apurar e punir seus autores. Sem anistia!" Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso: "A Polícia Federal acaba de prender militares que, após o resultado das eleições de 2022, teriam planejado assassinar o presidente Lula, o vice Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, para concretizar um golpe de Estado. Eles faziam parte dos “kids pretos”, que também estavam envolvidos com o 8 de janeiro. O fascismo e a delinquência serão combatidos com a Lei e a Constituição. O antídoto ao ódio é o Estado Democrático. Sem anistia!". Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara dos Deputados: "Como ensinava o professor @opropriolavo , “ou vocês prendem os comunistas pelos crimes que eles cometeram ou eles o prenderão pelos crimes que vocês não cometeram." Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal: "Já não seguem a lei faz tempo. E pior é quererem ver a montagem de cortinas de fumaça para tentar ligar isso ao nosso Presidente. É repugnante." Flavio Bolsonaro (PL-RJ), senador: "Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano pra matar autoridades e, na sequência, eles criariam um 'gabinete de crise' integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam??? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido. Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas." Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada e presidente do PT: "Hoje foram presos 4 militares e 1 policial que planejaram assassinar Lula, Alckmin e Moraes na trama golpista. Um caso extremamente grave! Foram reuniões conspiratórias, descrédito das urnas, desvio de dinheiro para organizar a ida de caravanas bolsonaristas para acampamentos em frente aos quartéis... Lembrem que os 5 são servidores públicos, com o conhecimento técnico-militar que aprenderam através do Estado, atentando contra a democracia e a vida. Esse foi o tamanho da nossa vitória em 2022. Sem anistia!" Jorge Messias, ministro da Advocacia Geral da União: "A operação da PF de hoje trouxe revelações estarrecedoras. O competente trabalho da nossa polícia judiciária coloca no centro da cena golpista o entorno mais próximo do ex-mandatário. O 8 de janeiro, como já disse, não foi um passeio dominical. Foi resultado de uma ação meticulosamente planejada por quem odeia a democracia e buscou dar um golpe contra o Estado de direito. Vou repetir Ulisses Guimarães: 'Temos ódio e nojo à ditadura.' Não passarão." Márcio Macêdo (PT-SE), ministro da Secretaria-Geral: "Agentes de Estado que agem contra a democracia é coisa de bandido, de delinquente, que tem que ser tomadas as providências no rigor da lei. Não tem tolerância para aqueles que atentam contra o Estado Democrático de Direito", disse o ministro em entrevista a Globonews. "Isso não tem que ter tolerância, por isso que não tem que ter anistia, tem que ser muito rigoroso com esses bandidos". Paulo Pimenta (PT-RS), ministro da Secretaria de Comunicação Social: "Gravíssima, traz novos elementos sobre a tentativa de golpe e envolvimento de militares e pessoas próximas a Bolsonaro." Paulo Teixeira (PT-SP), ministro do Desenvolvimento Agrário: "Não são atos isolados. A sequência de operações da PF mostra que a tentativa de golpe em 8 de janeiro e os planos contra o presidente Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes foram orquestrados. É preciso chegar em quem estava no topo desse absurdo. Ainda falta um: Jair Bolsonaro." Celso de Melo, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF): Os fatos hoje noticiados referentes ao alegado envolvimento de altas patentes militares revelam um quadro deplorável de periclitação da ordem democrática e de perversão da ética do poder e do direito!