Sigilo do inquérito do golpe deve ser mantido num primeiro momento, e Moraes deve analisar conteúdo antes de enviar para PGR
Apesar de a Polícia Federal prever entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado nesta quinta-feira (21), o sigi...
Apesar de a Polícia Federal prever entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado nesta quinta-feira (21), o sigilo não deve cair neste primeiro momento. O inquérito, segundo fontes da Polícia Federal, vai indiciar cerca de 40 pessoas, dentre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o general Braga Netto, ex-ministro do governo anterior. Agente federal diz que foi cooptado pelo agente da Abin Alexandre Ramalho para golpe com assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes De forma reservada, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes tem sinalizado que vai se dedicar a ler, no fim de semana e de forma cuidadosa, todo o documento da PF. O material tem cerca de 700 páginas. Só depois é que Moraes vai remeter o indiciamento para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso deve acontecer no início da semana que vem. Não está prevista, até lá, a retirada do sigilo. Ou seja, é provável que o material não se torne público nos próximos dias. Caberá ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidir se vai oferecer à Justiça denúncia contra Bolsonaro, Braga Netto e demais indiciados. Se Gonet apresentar a denúncia e o Supremo acolher, essas pessoas viram réus. O que tem sido dito entre investigadores é que há no inquérito materialidade suficiente para Gonet apresentar a denúncia, e essa é a tendência da PGR.